Mercado Gráfico - 11/11/2015 - 10:02
Três tesouras e duas guilhotinas. Foi com esses materiais que Fabiani Christine deu o pontapé inicial em sua carreira como paper designer. Tudo começou quando ainda estudava marketing em Brasília e, aos 18 anos, decidiu investir em uma papelaria online, a Dot Paper.
“Eu gostava muito dela e comprava sempre no site. Descobri que o site iria encerrar suas atividades e a dona me ofereceu para comprá-lo”, conta. O investimento de R$ 5 mil em 2002 rende a Fabiani um faturamento de mais de R$ 500 mil em 2014.
Desenvolver produtos personalizados e de luxo foi a aposta da empreendedora. O site oferecia apenas cartões e convites e Fabiani decidiu aumentar o rol de produtos e investir na criação de uma linha própria de papéis de carta, envelopes e embalagens. O investimento em um nicho de mercado pouco explorado, aliado às características inusitadas dos produtos, resultaram no sucesso da empreitada.
Os produtos fora do padrão e o atendimento diferenciado chamaram a atenção dos clientes. “Eu sempre mandava alguns brindes com os pedidos. Meus clientes gostavam e divulgavam para os amigos”, lembra Fabiani.
Com o aumento da demanda, em 2005, decidiu montar uma loja física em Brasília. O investimento foi de R$ 57 mil em espaço e alguns equipamentos. Dois anos depois, o local ficou pequeno e a empresária colocou mais R$ 97 mil no negócio para mudar a loja para um espaço com 400 m².
A Dot Paper atende principalmente casamentos, eventos corporativos e chás de bebê. Entre os clientes atendidos estão o estilista Kenzo, a cantora Claudia Leite e o Templo de Salomão, em São Paulo. "Atendemos solicitações de todo o país. Mais da metade das nossas vendas são online e 70% da nossa produção é para fora de Brasília“, conta Fabiani. O Estado que mais encomenda é São Paulo, revela, com 55% do volume de vendas.
A quantidade média de produtos por encomenda é de 400 itens, a estimativa é que sejam produzidas mais de 650 mil unidades, entre cartões, convites, tags e adesivos, em 2015. Para o ano que vem a meta é alcançar a marca de 1 milhão de itens.
Apesar da crise, Fabiani conta que espera aumentar o faturamento em 7% em 2016. "O número de festas e vendas está diminuindo, mas as pessoas estão querendo coisas mais caprichadas. O ticket médio aumentou e a expectativa é que cresça ainda mais”, comenta. Os planos da empreendedora são expandir a linha de produtos próprios, comprar novos equipamentos e aderir ao mercado de franquias.