Abigraf Nacional - 19/10/2015 - 09:57
“O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch demonstra que as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo não têm surtido efeito para atenuar a crise econômica. Desconfiança relativa ao desequilíbrio fiscal mantém-se”, observa o presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), Levi Ceregato. “O anuncio da agência em manter o selo de bom pagador é algo positivo, porque é um sinal de que se reconhece o potencial do país para retomar o fôlego em 2016. Porém, o País precisa de políticas mais eficazes e de estímulo à produção”.
Levi Ceregato, citando o 16º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf), que acaba de ser realizado, frisou que, no evento, ficou clara a percepção de que os maiores obstáculos ao setor, bem como a toda a manufatura nacional, são os juros e impostos elevados, a irresponsabilidade fiscal do setor público, a precariedade e o custo do crédito, a taxação de investimentos, burocracia e insegurança jurídica. “Esses problemas não permitem que o crescimento econômico seja sustentável. Por isso, enfrentamos crises periódicas, como a atual, agravada pelos escândalos da corrupção, a fragilidade do governo atrelada à sua perda de credibilidade, incluindo aqui a rejeição de seu balanço de 2014 pelo Tribunal de Contas da União. Há, ainda, sérias contradições no Legislativo, considerando a tentativa de alguns segmentos parlamentares de aprovar medidas que agravariam o rombo fiscal”.
Para o presidente da Abigraf, tudo isso precisa ser solucionado para o Brasil recuperar a credibilidade e a confiança dos investidores e voltar a crescer.