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Varejo tem recuperação tímida em setembro

Livros - 02/10/2015 - 09:54

Depois de apresentar retração, vendas de livros voltam a crescer. No nono período de 2015, que engloba o intervalo entre 10 de agosto e 06 de setembro, o Painel das Vendas de Livros no Brasil mostrou que o varejo de livros apresentou um crescimento tímido de 0,8% em volume e de 2,2% em faturamento em comparação ao mesmo período do ano passado. No período, foram comercializados 3.040.176 exemplares, o que redundou em faturamento de R$ R$ 112.607.473,27. Na edição passada, o Painel mostrou retração no varejo e queda de 5,5% no volume. No acumulado do ano (de janeiro até o início de setembro), houve crescimento abaixo da inflação: o volume de exemplares comercializados cresceu 5,94% e o faturamento 5,62%.

Embora o relatório englobe o primeiro final de semana da Bienal do Rio, os dados de vendas na feira não são computados pelo Painel. No entanto, a movimentação e os lançamentos realizados dentro do evento podem impactar na performance das vendas de livros. “Vamos aguardar os números do próximo Painel para ver se os lançamentos da Bienal tiveram o impacto esperado no mercado”, comentou o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Marcos da Veiga Pereira, que espera fechar o ano com um crescimento de 6% na receita dos canais de comercialização.

Outro dado relevante é que as quatro semanas foram marcadas pelo aumento dos descontos praticados pelos pontos de venda, que variou cinco pontos percentuais em relação ao média dos ciclos anteriores. “Embora haja redução em relação ao mesmo período de 2014, quando comparamos com o período imediatamente anterior, percebemos que existe um importante aumento de 4,83% p.p. que se deve, principalmente, ao movimento de volta às aulas universitárias. Nesta época vê-se mudança no mix de produto, fazendo o preço subir 5,77% do 8º para o 9º período em função do tipo de livro comercializado e uma política específica de cessão de desconto claramente mais agressiva”, explica Ismael Borges, gerente do Bookscan, ferramenta da Nielsen que monitora o mercado de livros no País.

Fonte: Publishnews
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