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Brasil sedia congresso latino-americano da indústria gráfica

Eventos - 02/10/2015 - 09:50

Com base em dados da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal), do Banco Mundial, do Trading Economics e das associações das indústrias gráficas desses países, cálculos da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica – Conlatingraf, que abrange México e as Américas do Sul e Central, apontam que 65 mil indústrias do setor atuam na região. Elas são responsáveis pela geração de 660 mil empregos diretos e contribuem com USD 48 bilhões para um PIB regional de USD 5 trilhões.

Essa força tem encontro marcado nos dias 30 a 2 de outubro durante o 28º Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica, capitaneado pela Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), que reúne associações representativas do setor nos países do bloco.

As realidades locais apontam para desaceleração econômico na região, embora em ritmos diferenciados. Segundo a Cepal, enquanto a América do Sul deve retrair 0,4%, América Central e México terão expansão de 2,8%. “Ainda assim, existe uma agenda comum para o bloco, que é a agenda mundial da indústria gráfica”, afirma Fabio Arruda Mortara, presidente da Conlatingraf. (Nota: a direção da entidade é itinerante, assumida a cada ano por um dos países associados e encontra-se agora no Brasil).

Inovação tecnológica, sustentabilidade e estímulo à comunicação impressa são itens importantes dessa agenda comum, que, na visão de Mortara, poderá resultar no estabelecimento de uma base de boas práticas comum a toda a indústria gráfica do continente. “O intercâmbio de ideias, soluções e informações técnicas e econômicas engrandece a todos igualmente”, defende ele. O temário dos eventos, rico e instigante, contempla os desafios mais contemporâneos do setor e da comunicação impressa. Um exemplo é o painel “Producción Limpia en la Industria Gráfica Latino-Americana”, que contará com a participação de Juan Ladrón de Guevara, diretor do Conselho de Produção Limpa, do Chile, e de Antonio Hernández, presidente da Associação da Indústria Gráfica do Panamá, além da engenheira Márcia Biaggio, da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG).

Outras iniciativas necessárias ao conjunto dos países são a defesa da comunicação impressa, o combate ao greenwashing (que equivocadamente associa o uso do papel e da impressão a danos ambientais) e o estímulo ao ensino. “A educação é fundamental para o avanço da indústria, das nações e da democracia. Por isso, inclusive, vamos propor um pacto latino-americano pela educação, que terá expressão na Carta do Rio de Janeiro, a qual será discutida durante o Congresso e deve propor medidas objetivas para inserir nossos países em um cenário de pesquisa, inovação e desenvolvimento contínuos”, finaliza o presidente da Conlatingraf.

O 28º Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica acontece, no Rio de Janeiro, simultaneamente ao 16º Congraf e à 22ª edição do prêmio Theobaldo De Nigris.

O trio de eventos é uma realização da Abigraf Nacional e da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), com coordenação da Abigraf-Rio de Janeiro e da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) e apoio da cadeia da comunicação impressa. Patrocinam a iniciativa: o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP), categoria Ouro Plus; Expoprint e Expoprint Digital, Drupa, HP e Suzano, na categoria Ouro; Oki, categoria Prata; Chambril, IBF e Ricoh, como patrocinadores Bronze.

Fonte: RV&A
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