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Empregos gráficos despencaram no segundo trimestre, mas há expectativa de estabilidade

Mercado Gráfico - 19/08/2015 - 14:48

No segundo trimestre, a indústria gráfica brasileira realizou 14.905 contratações e 19.299 demissões. O saldo revela um corte líquido de 4.394 postos de trabalho formais, enquanto no segundo bimestre do ano anterior o recuo havia sido de 985 postos. Os segmentos editorial (impressão de livros e revistas) e promocional responderam por 67% dos desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e traduzem o pior resultado da série desde 2008.

Com esse novo encolhimento, o setor fechou o semestre com 206.562 empregos ativos, resultado da forte retração de vagas que ocorre desde o início do ano. A situação é reflexo do difícil quadro de queda na produção física e do aumento no custo da mão de obra em níveis superiores à inflação e à variação de preços finais.

Para se tornar competitiva, a indústria precisa manter os níveis salariais alinhados com os ganhos de produtividade e, no entanto, mão de obra foi o insumo que mais subiu em 2014, de acordo com estimativas da ABIGRAF.

“Esse descolamento exige que as empresas operem com um quadro de funcionários mais enxuto para refazer o equilíbrio, mas há perspectiva de interrupção das demissões ainda ao longo deste ano”, avalia Levi Ceregato, presidente nacional da ABIGRAF. O otimismo explica-se: apesar de impactar o custo dos insumos, a alta do dólar encarece as importações e turbina a produção local, contribuindo para o futuro do emprego.

Fonte: RV&A
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