Mercado Gráfico - 23/06/2015 - 09:30
Não adianta esperar por soluções mirabolantes nem pela boa vontade do governo. Na opinião de Antonio Nogueira, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa), fabricantes e lojistas precisam buscar um entendimento para reverter a queda de 9,8% que o varejo de papelarias registrou no primeiro semestre deste ano.
Para o dirigente, o motivo da queda foi um só: a retração no consumo. “Mesmo no volta às aulas, os pais compraram o estritamente necessário, e buscaram itens mais baratos. Pequenos escritórios que se abastecem nas papelarias diminuíram a quantidade e frequência dos pedidos”, lembra Nogueira.
A solução, segundo ele, é oferecer aos consumidores produtos com a mesma qualidade, mas com preço menor para caber no orçamento. “Uma forma disso acontecer é a reduzir ainda mais as margens de lucro, tanto na indústria quanto no varejo. A outra é a flexibilizar a negociação, com pedidos menores e mais adequados à atual demanda”, defende.
Pelos cálculos do Simpa, ainda que o segundo semestre não supere o volume de vendas do mesmo período de 2014, deve ficar acima do primeiro, o que será um primeiro passo para devolver a motivação ao setor. Nogueira acredita que a retomada tenha início na Escolar Office Brasil – Feira Internacional de Produtos para Papelarias, Escritórios e Escolas (19 a 22 de julho, em São Paulo), considerado o principal encontro anual e evento de negócios da cadeia produtiva do setor. Para ele, a feira, mais do que nunca, é uma vitrine necessária neste momento de turbulência.
“A antecipação da data é muito bem-vinda. Além de apresentar os produtos com que vamos trabalhar nos próximos meses, vai proporcionar o debate que fabricantes, representantes comerciais, atacadistas e varejistas precisam fazer em busca de soluções criativas para superar o atual período de dificuldades”.
O presidente do Simpa vem participando de encontros do comércio varejista de papelarias em todo o Estado para incentivar os lojistas a visitarem a feira, seja por conta própria seja por meio de caravanas organizadas pela Francal Feiras – promotora da Escolar Office Brasil – em parceria com entidades do varejo, como sindicatos, câmaras de dirigentes lojistas e Sebrae.