Mercado Gráfico - 19/05/2015 - 11:35
Nascido na minúscula Senhora de Oliveira, município mineiro com 5 mil habitantes, o filho de pequenos agricultores José Martinho Reis parecia ter seu destino traçado: trabalhar na terra, assim como seus pais e irmãos. No entanto, trocou a enxada pelas máquinas de escrever, Minas Gerais por São Paulo e, após ter trabalhado como office boy e chefe de departamento, hoje é dono de uma empresa que fatura mais de R$ 100 milhões anuais fornecendo equipamentos e serviços de impressão em todo o país.
A Reis Office, criada por ele em 1984, é atualmente uma das principais companhias no ramo de fornecimento de materiais de impressão. A empresa vende impressoras para todo o Brasil, mas o carro chefe é o outsourcing, aluguel e gerenciamento de máquinas para companhias – desde escritórios de advocacia até grandes redes laboratoriais.
Quando veio para São Paulo, em 1974, Reis conseguiu um emprego na italiana Olivetti, então uma das líderes na produção de máquinas de escrever, que dominavam os escritórios em uma época anterior aos computadores. Dez anos depois, ignorando conselhos de amigos, decidiu abandonar o emprego estável para se aventurar na própria empresa, mas sem dar as costas a seu empregador: criou, com um sócio, uma revendedora de equipamentos da própria Olivetti.
Enfrentou diversas crises como a superinflação dos anos 80, o crescimento lento da era FHC e a extinção do primeiro produto que vendia – quando Reis já havia migrado para a área de impressão. Segundo Reis, a desaceleração do ano passado não afetou seus negócios – época em que obteve um crescimento de 2% nas vendas de impressoras e de 11% em outsourcing. Para 2015, o empresário acredita que haverá aumento de dois dígitos nas vendas. “Não dá para deixar a peteca cair. Se entrar na choradeira dos outros, a equipe percebe e também entra”, analisa.