Feiras - 26/03/2015 - 10:01
O segmento de livros infantojuvenis é um dos pilares da produção editorial nacional. A maioria das editoras que trabalha com o segmento CYA (Children and Young Adults) tem a preocupação de adequar os conteúdos ao mercado internacional, ganhando cada vez mais visibilidade e força no exterior.
Esses esforços fazem do Brasil um dos destaques na Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, na Itália, que acontece de 30 de março a 2 de abril. Através do projeto setorial Brazilian Publishers (BP), realizado em parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), 23 editoras nacionais participarão da edição de 2015.
Para este ano, estima-se a realização de negócios imediatos em torno de US$ 120 mil, e de mais US$ 280 mil nos 12 meses seguintes ao evento, somando-se o auferido com direitos autorais e livros impressos.
A Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha é o maior evento mundial em negócios e em valor conceitual e simbólico para o segmento infantojuvenil. Organizada há 50 anos, é formadora de tendências editorais e de imagem para os CYAs. O Brasil é visto como uma potência emergente nessa produção, com autores e ilustradores reconhecidos mundialmente. Na última edição, Roger Mello foi o vencedor do prêmio Hans Christian Andersen, o principal reconhecimento de ilustração literária. Neste ano, as indicadas são Marina Colasanti e Ciça Fittipaldi.
Há poucos dias do início da Feira de Bolonha, as editoras estão com tudo pronto. Dentre as 23 empresas integrando a equipe de representantes brasileiras, muitas estão com estratégias montadas.
A Editora FTD apresentará 50 títulos em seu novo catálogo internacional. Reúne autores que começam a se destacar na literatura infantojuvenil brasileira e nomes consagrados, como Tatiana Belinky, Ana Maria Machado, Heloisa Prieto, Flávia Savary, Menalton Braff e Lia Neiva. A editora Mar de Ideias afirma que o segmento infantojuvenil tem um público crescente e merece investimento.
A Editora Cortez tem trabalhado dentro e fora das feiras. Nos últimos quatro anos, vem realizando reuniões com editores interessados na compra de direitos ou no contato com autores brasileiros. Iniciada em 2004, a biblioteca infantojuvenil da editora dispõe de cerca de 360 títulos, com alto potencial de tradução. “Este é o quinto ano seguido que participamos da Feira e nosso foco é a venda de direitos e o relacionamento com os editores internacionais”, afirma.
Para a Jujuba Editora, a Feira de Bolonha é a principal porta de entrada da literatura brasileira no mercado internacional. Em sua quarta participação, como editora de pequeno porte, a Jujuba vê no BP sua principal ferramenta de trabalho nas feiras internacionais.
Outras editoras seguem a mesma linha de investimento, apostando também em agentes para intermediar as negociações. Também estarão em Bolonha, através do BP, as editoras: Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, Biruta, Callis, Cia das Letras, Cosac Naify, Dedo de Prosa, Editora do Brasil, , Fama Educativa, Girassol, Global, Mauricio de Sousa, Pallas Positivo, Rovelle, Silva Cesar Ribeiro Editora, Todolivro e Vale de Letras.