Tecnologia de Produção - 09/02/2015 - 09:49
Por Sérgio Rossi*
A indústria gráfica, em breve, terá uma nova oportunidade de renovação no campo da impressão digital: a nanografia. Trata-se de uma tecnologia inspirada no ink-jet, na qual gotículas de uma tinta aquosa especial (nano-ink), formulada com pigmentos com cerca de 500 nm de diâmetro, são borrifadas por ejetores sobre uma superfície aquecida (fita-blanqueta).
Após a evaporação da água, a base é transferida para o suporte por contato direto. Essa tinta tem propriedades semelhantes às do hot-melt (adesivos termo-fundíveis) e adere ao suporte ao resfriar. A tinta seca rapidamente sendo fixada à superfície do material com pouca penetração, produzindo cores densas.
O contorno dos pontos impressos é uma característica positiva encontrada na nanografia. Bem definido e com pouco ganho-de-ponto, o processo aumenta a escala (gamut) de cores e possibilita o alcance de um padrão de qualidade elevado.
Dentre as principais vantagens atribuídas ao processo nanográfico destacam-se: flexibilidade de formatos de folhas e bobinas; velocidade de até 13 mil iph; impressão de até oito cores; impressão em diversos tipos de suporte (papel, papelcartão, plásticos, etc.).
* Sérgio Rossi -- Engenheiro químico com especialização em tecnologia gráfica no RIT (USA), consultor com 32 anos de experiência no segmento gráfico, diretor da ROSSI Tecnologia Gráfica Ltda.