Economia - 02/12/2014 - 09:47
Apesar de desempenho inferior em relação ao segundo trimestre do ano, a indústria gráfica tem esperança de consolidar o movimento de aumento das exportações e diminuição das compras de produtos gráficos no exterior observado na comparação com 2013.
Vista de forma isolada, a balança comercial do setor gráfico no terceiro trimestre não dá motivos para comemoração. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o déficit foi de US$ 54,6 milhões – 78% maior do que os US$ 30,6 milhões negativos registrados de abril a junho deste ano. No entanto, quando se comparam os resultados com os obtidos no mesmo período de 2013, há aumento real de 17,5% nas exportações e recuo de 9% nas compras externas de itens gráficos.
“Os números ainda são tímidos e a queda nas importações provavelmente reflete o desaquecimento do mercado interno. Mas o aumento das vendas externas é positivo e atesta o empenho da nossa indústria gráfica em fazer a lição de casa da competitividade, tanto que tem entre seus principais compradores os Estados Unidos, líder mundial do setor”, pondera Levi Ceregato, presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf).
Entre julho e outubro, as vendas externas do setor somaram US$ 75,5 milhões, capitaneadas pelos segmentos de embalagens (41% do total) e cartões (35%). Venezuela, Uruguai e Estados Unidos foram os maiores compradores, respondendo respectivamente por 28%, 17% e 8% das embalagens exportadas. Já os cartões tiveram como principais destinos México (17%), Bolívia (15%) e Chile e Argentina (12% cada).
Na comparação com o segundo trimestre do ano, as importações saltaram de US$ 106,7 milhões para US$ 130,4 milhões e as exportações recuaram 0,4%. Frente ao terceiro trimestre de 2013, porém, o desempenho pode ser considerado positivo, com queda de 31% no saldo deficitário, que recuou de US$ 79,1 milhões para US$ 54,6 milhões.