Mercado Gráfico - 26/11/2014 - 10:27
O anúncio do Projeto Puma feito pela Klabin recentemente, que tem investimentos orçados em torno de R$ 6 bilhões, reascendeu o interesse de gestores nas ações da companhia. E o motivo é que o projeto deve fazer a companhia dobrar de tamanho nos próximos três anos.
A companhia financiou esse projeto da seguinte forma: R$ 4 bilhões com o BNDES, R$ 800 milhões com fornecedores estrangeiros, R$ 700 milhões com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e R$ 1,7 bilhão com debêntures conversíveis, em que ela paga uma remuneração de 8% em dólar, numa conversão mandatória em 2019 a um preço de R$ 12,50, muito próximo ao preço atual da ação.
Nos últimos meses, os investidores penalizaram bastante as ações da Klabin, visto que, uma parcela do financiamento deste projeto, que foi feito por meio de debêntures conversíveis, apesar de ter sido favorável para os financiadores, não foi muito boa de maneira geral para os minoritários.
O Puma é um projeto de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, sendo que, 1,1 milhão de toneladas é de celulose fibra curta e, as outras 400 mil, de celulose fibra longa. Além disso, o Puma ainda vai permitir uma venda de energia excedente, que deve dar cerca de R$ 150 milhões, considerando um megawatt médio de R$ 120. O Projeto Puma vai fazer com que a empresa, que hoje fatura R$ 5 bilhões de reais, passe a faturar R$ 9,3 bilhões em 2017, quando o projeto já estiver pleno, o que representa um crescimento na faixa de 90%.