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Aumento da Selic surpreende setor produtivo

Economia - 30/10/2014 - 10:40

O reajuste da taxa Selic – juros básicos da economia – para 11,25% ao ano surpreendeu o setor produtivo. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que defendeu o corte de gastos públicos para evitar elevações maiores. Para a entidade, o Brasil precisa criar condições para conter a inflação e reduzir os juros de forma sustentada. O caminho para isso, de acordo com a confederação, passa pela redução dos gastos públicos. “O desafio do país é criar as condições para uma redução sustentada da taxa de juros. A adoção de uma política fiscal restritiva é fundamental para a reversão das expectativas inflacionárias e para que o ciclo de alta dos juros seja o mais curto possível”, destacou a CNI em nota. Para a Fiesp, e nota oficial, a medida não só impede qualquer tipo de retomada da atividade econômica no curto prazo, como também derruba ainda mais a confiança de empresas e consumidores, fator este preponderante para retomada futura, pois sem confiança não há investimento. Para 2014, por exemplo, a Fiesp e o Ciesp projetam forte recuo em cerca de 7% para o investimento. “Colocar toda a responsabilidade do combate à inflação na taxa de juros vem se mostrando uma estratégia equivocada, uma vez que está pondo em risco o maior patrimônio da economia brasileira atual, que é o emprego”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a geração líquida de empregos formais mostrou contração em torno de 37% entre janeiro e setembro deste ano frente ao mesmo período de 2013, a queda mais expressiva desde 2009. A indústria paulista já fechou 38 mil postos de trabalho este ano.

Fonte: Agência Brasil e Fiesp
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