Papel - 08/10/2014 - 10:51
Criado em Porto Alegre, o curso “Põe no Papel” tem o objetivo de sensibilizar a construção de ideias e pensamentos no papel. “Trabalhamos os medos e bloqueios que as pessoas possam ter em colocar as ideias no papel. É um desbloqueio, que ajuda as ideias a fluírem”, explica Luciane Xerxenevsky. Um dos principais obstáculos a serem vencidos é enfrentar a ideia de que a pessoa não sabe escrever ou desenhar. O intuito é reaproximar as pessoas das possibilidades que uma folha em branco oferece para organizar as ideias e, consequentemente, analisar um plano e coloca-lo em prática. “No curso, fazemos trabalhos individuais e em grupos, em um processo de reflexão. Todos os aprendizados são construídos com a ajuda do papel”, garante Luciana. Os questionamentos provocados no curso dão resultados concretos. Uma aluna, por exemplo, conseguiu concluir o projeto de uma escola de inglês após “por no papel” as suas ideias. A própria Luciana é uma testemunha de como o papel pode ser um grande aliado da nossa rotina. Em 2007, ela participou de um congresso no exterior e, quando o inglês falhava, ele era o salvador. “Eu pegava a caneta e desenhava a mensagem. Aí me bateu: o papel é a linguagem universal”, diverte-se. “Em minhas reuniões, tenho sempre uma folha em cima da mesa e vou criando um significado comum. As coisas são construídas em tempo real, e a velocidade de entendimento e as conexões criadas são eficazes”, afirma. Uma economista criou uma conta em uma rede social para postar seus rabiscos feitos em seu caderno. Nesses traços, ela narra, por meio de desenhos e palavras, sua rotina. Com o apoio de seguidores e incentivos, Bruna Vettori criou o projeto “Rotina & Rabisco”, que tem feito muito sucesso no instagram.