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Gráficas do DF lucram com a disputa eleitoral

Mercado Gráfico - 25/07/2014 - 09:55

Bastou a Copa do Mundo acabar para as campanhas políticas começarem a todo vapor. Um pouco antes de o assunto tomar força nas ruas, as eleições impulsionaram um mercado específico: a indústria gráfica. Apesar das novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que prometem mudar o perfil dos negócios, empresários esperam um aumento de até 30% nas vendas de panfletos, placas e cartazes.

Estimativas declaradas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mostram que os políticos estão dispostos a investir alto. As previsões oficiais preveem gastos de até R$ 143 milhões com campanhas no DF, o que corresponde a R$ 776 por voto. Isso sem contar com as doações, não registradas.

E os candidatos podem preparar o bolso, pois de acordo com Antônio Carlos Navarro, superintendente do Sindicato das Gráficas (Singraf- DF), o perfil do produto gráfico para as eleições de 2014 mudou, o que deve aumentar em até 70% os custos com material para campanha.

“As determinações do TSE reduziram a quantidade de produtos disponíveis e elevaram o custo dos serviços. Com a proibição para colagem de cartazes em área pública e previsão de multa para quem jogar papel nas ruas, por exemplo, muitos têm preferido encomendar cartazes móveis, que ficam em tripés e são mais caros”, explica. Ele diz ainda que a procura pelos famosos “santinhos” - pequenos panfletos com foto, nome e número – também caiu.

De acordo com Navarro, diante das novas regras, os candidatos têm procurado alternativas, como a impressão de folderes e livretos para mala direta – propaganda entregue por meio virtual ou postal.
Segundo ele, as campanhas demandam a indústria gráfica de forma pontual, não pulverizada. Isso porque a maioria dos partidos contrata apenas uma empresa. “As pequenas gráficas quase não são contatadas para este tipo de trabalho porque lhes falta infraestrutura técnica. E, quando são, exigem pagamento antecipado. Essa prática visa evitar a inadimplência, já que muitos candidatos gastam mais do que poderiam e depois não têm dinheiro para pagar”, alega.

Fonte: Guia do Gráfico
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