Queda nos preços da celulose, valorização cambial e a redução da atividade industrial devido à Copa do Mundo estão entre os fatores que devem influenciar Suzano e Fibria a apresentarem resultados fracos no segundo trimestre deste ano.

De acordo com o banco Credit Suisse, a Suzano deve ter um resultado trimestral abaixo do esperado. O relatório aponta que o motivo está ligado principalmente à queda de 10% nos preços de celulose no Brasil e aumento dos custos em papel, devido à alta de preços de energia. A previsão é que o lucro líquido seja de R$ 185 milhões para a empresa, frente aos R$ 201 milhões no primeiro trimestre.

Para o Citi, a Fibria terá queda no preço alvo para os papéis. No relatório do banco assinado pelos analistas Juan Tavarez e Felipe Jiman Koh, esta baixa está motivada pela redução de preços da commodity, da alta do real frente ao dólar e da redução dos preços da energia no mercado spot, fonte de receita para a empresa através da venda de energia.

Já a Klabin deve ser a única que deve atingir resultados fortes. O Credit Suisse revela que demanda ainda forte e preços sólidos justificam a expectativa por um lucro líquido de R$ 256 milhões, ante prejuízo de R$ 130 milhões um ano antes. O banco prevê ainda resultados fracos para a Duratex, em meio a alta de custo unitário, com volumes menores e inflação, e preços dos painéis em queda.