De acordo com o Ministério da Cultura, desde o lançamento do programa Vale-Cultura, em outubro do ano passado, o programa recebeu a adesão de 1.540 empresas beneficiando 367.534 empregados. Os números, no entanto, ainda estão bem abaixo do esperado pelo governo, que acredita que o benefício pode chegar às mãos de 42 milhões de trabalhadores brasileiros e gerar investimentos de R$ 25 bilhões na cadeira produtiva do setor cultural.

O cartão magnético pré-pago, no valor de R$ 50 mensais, possibilita ao trabalhador de carteira assinada ir ao teatro, cinema, museus, espetáculos, shows, circo ou mesmo comprar ou alugar CDs, DVDs, livros, revistas e jornais. O crédito é cumulativo, não tem validade e pode ser usado também para fazer cursos de artes, audiovisual, dança, circo, fotografia, música, literatura e teatro.

Depois do Banco do Brasil, que entregou os primeiros cartões aos funcionários em janeiro, a Caixa Econômica Federal aderiu ao projeto em março. Mais de 23 mil empregados do banco podem ter acesso ao Vale-Cultura. Destes, mais de 17 mil já optaram por receber o benefício. A Vale Presente, operadora de cartões pré-pagos, será a responsável pelos plásticos da Caixa. O desconto na remuneração do empregado com até cinco salários mínimos varia de R$ 2 a R$ 5. Quem ganha até 1 salário paga R$ 1. Para os trabalhadores que ganham acima dessa faixa, o desconto varia de 20% a 90% do valor do benefício – pode chegar a R$ 45. As empresas que oferecerem o benefício têm o direito de deduzir R$ 45 do Imposto de Renda devido por cada Vale-Cultura fornecido.