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Diálogo não é guerra psicológica, afirma presidente da ABIGRAF

Mercado Gráfico - 06/01/2014 - 10:53

Sobre o pronunciamento de final de ano da presidente Dilma Rousseff, Fabio Arruda Mortara diz que as sugestões e críticas do empresariado não são uma guerra psicológica. “Isto é democracia”! O empresário Fabio Arruda Mortara, presidente da ABIGRAF Nacional, diz respeitar, mas não concorda com a afirmação da presidente Dilma Rousseff, na sua mensagem de Ano Novo, de que há setores de atividade instilando insegurança e fazendo guerra psicológica. “O que vários segmentos vêm fazendo, em especial da indústria de transformação, é buscar um diálogo franco, aberto e transparente com o governo, numa tentativa de demonstrar os danos provocados pela perda de competitividade da manufatura e alguns equívocos da política econômica”. Para Mortara, “a crítica construtiva e o diálogo são positivos, reforçam institucionalmente a democracia brasileira e contribuem para a correção de rumos”. Ele explica que a perda paulatina da capacidade de competir, que atinge numerosos setores da manufatura, agrava-se ante alguns problemas mais recentes: o péssimo resultado da balança comercial em 2013; o fator agregado a este do saldo bastante negativo das transações em contas correntes nas operações do Brasil com o exterior; e as dúvidas do mercado quando aos ajustes fiscais do Governo Federal. “Tudo isso, somado à infinita postergação das reformas política, tributária, previdenciária e trabalhista, conspira contra a retomada dos investimentos e a favor do aprofundamento das desconfianças”. O presidente da ABIGRAF lembra que o Brasil ainda desfruta de certos indicadores positivos, remanescentes de alguns bons momentos de sua economia nos últimos anos: taxa de desemprego dentre as menores do mundo; reservas cambiais em torno de US$ 400 bilhões; saúde do sistema financeiro; e mercado consumidor ampliado pelo bem-sucedido processo de inclusão e ascensão socioeconômica. “Entretanto, estamos colocando tudo isso em risco. É em busca de soluções que os empresários e as entidades de classe querem dialogar com o governo. Isto é democracia e não guerra psicológica”.

Fonte: RV&A
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