Mercado Gráfico - 30/12/2013 - 12:09
Os problemas que a indústria brasileira atravessa já fizeram mais de 200 mil funcionários perderem o emprego em pouco mais de dois anos. Os trabalhadores industriais estão migrando para setores que ainda têm fôlego para aumentar as contratações, como o comércio e, principalmente, os serviços, firmando os contornos da mobilidade do mercado de trabalho nacional. Os números da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em junho de 2011, a força de trabalho da indústria - que inclui os subsetores de transformação, extrativa e distribuição de eletricidade, gás e água - somava 3,769 milhões de empregados.
O resultado foi o maior da série histórica, iniciada em março de 2002. No mês passado, no entanto, esse número caiu para 3,544 milhões de trabalhadores. Só neste ano, são menos 117 mil vagas nas seis principais regiões metropolitanas do País. Desde o auge do emprego na indústria, na metade de 2011, a população ocupada no setor recuou 6%, apontou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). O cálculo tem como base os dados do IBGE, cuja PME é apurada em seis regiões metropolitanas: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Salvador e Belo Horizonte.
Na Região Metropolitana de São Paulo, responsável por cerca de 40% da PME, a participação da indústria na população ocupada encolheu 1,1 ponto porcentual em dois anos. A categoria de "outros serviços" ultrapassou a indústria como maior segmento empregador na região, que tem o maior e mais diversificado parque industrial do País.