Eventos - 01/11/2019 - 17:19
Promovido pela ABIGRAF Nacional, com o patrocínio da Fespa/Digital Printing e da Future Print, o encontro de líderes realizado no início de outubro foi um grande sucesso. Com o auditório lotado, destaque para as duas palestras do dia, da advogada portuguesa Teresa Coelho Moreira, especialista em relações do trabalho, e do advogado tributarista Marcelo Salomão.
Dra. Teresa, que é professora da Universidade do Minho, em Portugal e palestrante internacional, falou dos desafios da indústria 4.0 nas relações trabalhistas. Para ela, o grande desafio de empresários e trabalhadores será encontrar o ponto de equilíbrio entre homem e máquina, qualificando a mão de obra para interagir com competência e proatividade às novidades impostas pela tecnologia. “É a quarta revolução industrial em andamento e é responsabilidade de todos os lados dessa relação entre capital e trabalho manter os padrões de dignidade e de relações humanas no cotidiano das empresas e indústrias”, afirmou.
Já o advogado Marcelo Salomão trouxe aos presentes um “choque de realidade”. Ele afirma que a reforma tributária não seria necessária se a constituição fosse respeitada. “Tenho saudades do que nunca vi. Nossa constituição é muita boa e prevê com clareza o que deve ser cobrado pela união, estados e municípios. O problema está nas normas, portarias e sub legislações, que acabam se sobressaindo ao que diz a lei”. Para Salomão, os principais pontos de mudança necessários não estão sendo atacados pelas duas PECs que tramitam no Congresso Nacional (PEC 45 e PEC 110), que são a diferenciação de alíquotas e a tributação nas novas atividades econômicas que surgiram. “Não é possível que o cigarro pague o mesmo imposto do que algum produto da cesta básica. E o governo tem que parar de onerar ainda mais os setores que já estão sobrecarregados por altos impostos e a crise econômica e passar a olhar para quem está lá, quietinho, sem pagar nada, como o comércio pela internet, por exemplo, que não para de crescer e não é tributado devidamente”. Dr. Marcelo concluiu a palestra com um recado claro aos empresários. “A reforma vai demorar a sair e vocês devem pressionar o governo a fazer ajustes que não apenas simplifiquem a cobrança de impostos, mas tragam justiça na tributação, como prevê a nossa Constituição”.
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