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PRINT SUMMIT: PAPEL É O MEIO DE COMUNICAÇÃO COM MAIS CREDIBILIDADE

Eventos - 01/11/2019 - 17:10

Série de palestras e fórum de debates lotou o auditório da ESPM Tech, em São Paulo.

Os cerca de 200 participantes do Print Summit 2019 saíram do encontro com a certeza de que o papel é o melhor meio de convergência entre os mundos impresso e digital. Armando Ferrentini, publisher do PROPMARK, abriu o encontro falando que o digital veio para somar e não significa a morte do impresso. “Há diferenças entre um mundo e outro que precisam ser esclarecidas, principalmente aos mais jovens. Impresso e digital se complementam e está na hora de pensarmos em uma campanha publicitária para que provocássemos uma encrenca, no bom sentido é claro, para que as coisas sejam bem explicadas”, afirmou Ferrentini, que ofereceu os veículos do grupo para veiculação da campanha. João Scortecci, diretor editorial da ABIGRAF, contou que blogueiros famosos têm procurado sua editora para publicar livros com os melhores textos de seus blogs. “Eles me dizem que precisam do livro para ter mais credibilidade, que o livro funciona para eles como um certificado de qualidade”.   

O PrintSummit 2019 foi uma realização da Abro, Sindigraf – SP (Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo) e Two Sides, com oferecimento da Afeigraf (Associação de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica). Teve patrocínio das seguintes empresas: B.O.Paper, Compulaser Gráfica, Escala Brasil/WPS, Fespa/Digital Printing, Future Print, Futura Im., Gráfica Revelação e Plural Indústria Gráfica; e apoio da ABA, ABAP, Aberje, ABTG, Aner, ANJ, Antilhas Embalagens, APP, ESPM, Fenapro, Portal do Papel, Printbag e Propmark.

Palestras

“O impresso transmite a credibilidade que o cliente precisa, muito mais do que qualquer outro meio de comunicação”, afirmou Sérgio Junqueira, CEO da Eventos Expo Editora, durante a palestra “A Morte do Impresso é Fake News”. Ele lembrou que empresas de sucesso que sempre atuaram apenas no mundo digital lançaram recentemente veículos impressos, como Airbnb, Uber e Netflix. Ele também citou o site Meredith, o mais acessado dos Estados Unidos quando o assunto é culinária, que lançou uma revista que vende atualmente 1,5 milhões de exemplares por edição. “Impresso e digital caminham juntos e se complementam. Os ambientes físico e online fazem parte intrínseca do mundo real e já não dá mais para separar. São duas faces de uma mesma moeda”. 

Luciana Schwartz, da VML, falou do modelo francês, onde os grandes periódicos como Le Monde e Le Figaro se reinventaram usando o digital para aumentar a receita, mas baseando-se principalmente na credibilidade que o impresso trouxe aos conglomerados de comunicação. “Esse é um exemplo de como o mercado reage e amadurece. Eu mesma “nasci” no offline, mas não tive como não me digitalizar”, defendeu.

Pedro Barbastefano apresentou o case da Revista 29 Horas, que há 10 anos circula no aeroporto de Congonhas e agora também está no Santos Dummont. O publisher contou sobre a força do ambiente Out of Home (fora de casa) e como encontrou soluções para atrair o público e os anunciantes, como levar para o ambiente digital conteúdo exclusivo. “Fazemos uma entrevista pingue pongue com os personagens das capas em formato digital e o leitor tem acesso a partir de um QR Code impresso na revista e isso fez com que personalidades, artistas e empresários de sucesso nos procurassem, pois nossa capa ficou disputada”, afirmou. 

Já Luiz Felix, diretor da agência África, afirmou ser um aficionado por conteúdo impresso e mostrou o movimento que a agência tem feito no sentido de integrar as mídias. Ele expôs o case “Tagwords”, da Budweiser, onde cartazes foram espalhados pelo mundo para que os usuários pesquisassem fotos na internet com estrelas do rock como David Bowie, Mick Jagger, Ozzy Osbourne, Jimi Hendrix e Paul MacCartney bebendo Budweiser e postassem em suas redes sociais. “Hackeamos o Google e a Getty Images”, brincou Felix. Ele também apresentou uma campanha de combate às fake news para a editora Penguin Books, onde para cada Fake News identificada um livro com a história geral possa ser sugerido a quem compartilhou a notícia falsa. “O impresso é mágico, pode e deve ser usado sempre até como uma “nova alternativa” ao mundo digital, concluiu.

Após as palestras aconteceu um debate mediado pelo diretor operacional do PROPMARK, Tiago Ferrentini. Os participantes falaram sobre como mensurar a eficácia das mídias digitais e analógicas numa campanha e sobre como se deve conduzir briefings para que o impresso seja contemplado em estratégias integradas de mídia.

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