União das maiores empresas do setor é a chave para solucionar problemas comuns.

Dirigentes das maiores empresas do setor de Impressos de Segurança, representando diversos estados (RS, PR, SP e MG) reuniram-se no último dia 6 de fevereiro na sede da ABIGRAF, em São Paulo, para buscar soluções para os dois principais problemas do setor: câmbio e contratos com clientes.

Para André Machado, diretor setorial de Impressos de Segurança da ABIGRAF-SP, a situação das gráficas do setor nunca esteve tão complicada. “Na maior parte dos países, as gráficas vendem cartões (de crédito, débito e privatelabel) indexados ao dólar, menos aqui. E o aumento da taxa de câmbio está estrangulando o setor”.

Ele explica que além do câmbio, os contratos firmados com os clientes penalizam as gráficas, pois a maioria das empresas precisam produzir grandes quantidades de material e estocar, sem comprometimento de consumo, liberando e faturando os lotes de acordo com pedidos posteriores.

É consenso no setor que essas duas situações têm que mudar e que isso só será possível com união. “A ABIGRAF tem um papel fundamental para mudar essas práticas de mercado, que ao longo dos últimos anos vem trazendo prejuízos severos às gráficas”, afirma Machado. Ele explica que entidade precisa agir em duas frentes distintas, buscando apoio do governo para adaptar a legislação à realidade global dos negócios e dialogar institucionalmente com os representantes dos clientes. “O jogo tem que ser do “ganha-ganha”, pois está ficando muito difícil trabalhar sem margens o tempo todo”, conclui Machado, que espera anunciar até o início de março quais serão as medidas adotadas para equilibrar a situação.