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Arquivo Aberto com Eduardo Gomes Jr.

Abigraf SP - 07/10/2020 - 17:21

A coluna “Arquivo Aberto” conversa com o diretor de Comunicação Visual da ABIGRAF – SP, Eduardo Alexandre Gomes Junior. Eduardo é casado, tem 47 anos e dois filhos adolescentes. Formado em Publicidade e Propaganda, começou a trabalhar aos 11 anos de idade, inspirado pelo pai, que era desenhista e tinha amplo conhecimento em serigrafia. O primeiro emprego foi numa empresa que imprimia canetas promocionais no processo hot stamp. Aos 14 anos começou a trabalhar como ajudante numa gráfica, onde aprendeu todos os processos de produção durante 4 anos. Empreendedor, com apenas 18 anos fundou a ChromaJet, que dirige até hoje. 

ABIGRAF: Estamos vivendo um momento histórico, com a Pandemia de Covid-19. Qual sua visão sobre a atuação da ABIGRAF no auxílio aos empresários durante essa crise?
Eduardo: Para ser sincero nós nunca fomos muito ativos dentro do mercado gráfico, pois a CHROMA JET é uma empresa voltada para o mercado promocional e de comunicação visual. Mas hoje avaliamos com bons olhos a ABIGRAF, que sempre esteve bem presente na vida do empresário e dos funcionários gráficos e realmente acredito que a ABIGRAF tenha feito muito pelas empresas, por conta do seu vasto conhecimento e apoiadores que tem. Sua influência foi fundamental principalmente no ramo de embalagens, pois este foi o único seguimento gráfico que manteve seus faturamentos.

A: Como você avalia o papel das entidades de classe na vida das empresas? A ABIGRAF cumpre esse papel?
Eduardo: Não sei avaliar. Mas acredito que a ABIGRAF cumpre este papel, pois estamos conhecendo e entendendo como funciona e com certeza poderemos ajudar de alguma forma.

A: Sua participação na ABIGRAF pode ser considerada recente. Porque você decidiu participar de maneira tão ativa da entidade?
Eduardo: Fui convidado e acho que posso contribuir de alguma forma para desenvolvimento do mercado digital e promocional.

A: Como você avalia a situação do segmento de Comunicação Visual no Brasil atualmente?
Eduardo: O seguimento está desempatado, será necessário aprimorar muitas coisas, pois o crescimento nos últimos anos foi desorganizado. É preciso profissionalizar esse pessoal novo, cultivando novas ideias. 

A: Com exceção do segmento de embalagens, a Indústria Gráfica está sofrendo demais os efeitos econômicos da pandemia. Como a Chroma Jet tem trabalhado para minimizar os prejuízos?
Eduardo: Nossas empresas sofreram demais com certeza, mas mesmo na crise existe uma forma de tirar proveito e aprendizado, nós mudamos alguns procedimentos e reestruturamos nossos departamentos, realizamos mudanças diretas em nosso sistema, nosso estoque mudou e hoje temos acompanhamento em tempo real de cada matéria prima dentro da empresa. Criamos novos produtos e descontinuamos outros. Mudamos nossa equipe e treinamos os novos colaboradores em todas as funções de produção, no formato rodízio, onde as funções são remanejadas. Diminuímos a nossa jornada como uma manobra de redução de custos.

A: Nas duas conferências internacionais promovidas pela ABIGRAF, com as entidades de Portugal e Estados Unidos, o setor de Comunicação Visual foi apontado como o que vai oferecer as melhores oportunidades depois da pandemia. Você acredita nisso? Já é possível mapear onde estão essas oportunidades?
Eduardo: Com certeza, as empresas precisam aparecer e a comunicação visual é o meio mais barato e de maior alcance no ponto de vendas. Acreditamos que até o final do ano voltemos ao faturamento de antes da pandemia. 

A: Na sua opinião, como será o “novo normal” das empresas gráficas?
Eduardo: O mercado gráfico está mudando já há alguns anos e a pandemia só acelerou o inevitável. O normal de ontem não será o normal de hoje, estamos em constante desenvolvimento tecnológico e aprendendo mais rápido, isso com certeza mudou a vida e as corporações, estamos dando mais um passo para evolução da humanidade.

A: Nem durante a pandemia a polarização política exacerbada diminuiu. Parece que vivemos num eterno Fla x Flu. Como isso prejudica o ambiente de negócios? Essa polarização causa prejuízos?
Eduardo: As redes sociais viraram o mundo de ponta cabeça, mas nem tudo está perdido, aos poucos vamos amadurecer e a partir daí seguimos para uma nova era da informação.

A: Que mensagem você gostaria de passar para os jovens que pensam em entrar no ramo gráfico, seja na área operacional, comercial ou como empreendedores?
Eduardo: Estudem e aprimorem os seus conhecimentos o quanto antes, somente as pessoas com informação e estudo tecnológico ficarão neste mercado. As mudanças estão somente começando, temos um mundo novo e um futuro que pode ser brilhante, vamos aproveitar esta oportunidade.

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