Mercado - 04/10/2013 - 08:45
Um estudo divulgado recentemente pela consultoria PricewaterhouseCoopers comprovou que, ao contrário do que se imaginava, o mercado de livros não será monopolizado pelos e-books. De acordo com a pesquisa, o crescimento da venda de e-books nos Estados Unidos, considerado um laboratório das experiências digitais, perderá o fôlego até 2017, atingindo apenas 9% - embora sobre uma base maior.
Atrativos como encontros com escritores e discussões entre leitores têm agregado um diferencial para as livrarias, que lutam para não ter o mesmo fim da indústria fonográfica. Um levantamento do instituto de pesquisas Pew Research, que entrevistou 3.000 leitores, mostrou que o livro digital leva vantagem do papel somente em algumas situações. Por exemplo: a maioria afirmou que opta pelo e-book quando está em viagem. Já quando se trata de leitura para crianças, 80% deles preferem o livro físico.
Quando atravessamos o oceano, os dados mostraram que essa “dominação digital” tende a levar mais tempo para se concretizar. No Brasil, a fatia dos e-books na receita do setor é de 1,6%, sendo que nos Estados Unidos é de 22%. Isso mostra o quanto o setor tem se comportado de maneira diferente da indústria fonográfica, identificando as oportunidades disponíveis e implantando inovações que mantenham o hábito de leitura por muito tempo.