Índice de confiança do empresário gráfico revela pessimismo
Mercado Gráfico - 02/07/2014 - 06:50
O empresário gráfico não está satisfeito com o atual ambiente de
negócios nem espera melhoras pelos próximos seis meses. Tampouco aguarda
reflexos positivos de Copa e eleições. Foi o que constatou a última
Sondagem da Indústria Gráfica, realizada pela Associação Brasileira da
Indústria Gráfica (Abigraf).
Em um intervalo de 0 a 100, no qual resultados abaixo de 50 indicam
pessimismo, as condições atuais dos negócios foram pontuadas em 43,3. Em
relação aos próximos seis meses, a nota sobe para 53,4. A ponderação
entre ambos fica em 48,3, que perfaz o atual Índice de Confiança da
Indústria Gráfica.
O pessimismo é mais acentuado nas gráficas paulistas, cujo Índice é de
46,9, com subíndices de situação atual e de expectativas em 42,5 e 51,2,
respectivamente.
Analisando a amostra por porte, apenas as médias empresas demonstram
confiança, com Índice de 53,3. No recorte por principal segmento de
atuação, há otimismo entre as indústrias de Cartões (65,2), Embalagens
(50,5) e Etiquetas (52,3), todas tipicamente de porte médio.
Na outra ponta, as menos confiantes são as pequenas (45,8), enquanto
micros e grandes quase empatam – 48 e 48,3, respectivamente. Dentre os
segmentos que mais se sentem ameaçados, destacam-se Impressos de
Segurança (44,1), Envelopes (44,6) e Cadernos (45,3).
“O baixo Índice de Confiança tem reflexo direto na disposição de
investimento. O que é muito negativo em um cenário no qual o ganho de
produtividade constitui o principal desafio da indústria”, comenta o
presidente nacional da Abigraf, Levi Ceregato, lembrando que o parque
industrial brasileiro tem, em média 17 anos, enquanto o alemão, apenas
cinco. “Não é o caso da indústria gráfica que, nos últimos seis anos,
investiu, em média, US$ 1,3 bilhão anuais em equipamento e tecnologia.
Mas é preciso haver equilíbrio para manter essa dinâmica e, em 2013, já
registramos uma pequena queda nos investimentos, que ficaram em US$ 1,17
bilhão”, pondera o empresário.
Frente à capacidade da Copa de alavancar negócios, o pessimismo é
unânime, com Índice de 39,6. Já em relação às eleições, a expectativa é
praticamente neutra, com Índice de 50,2. Localmente, as regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste são as mais otimistas com as eleições,
pontuandoo 57,9, bastante acima da média nacional, enquanto Sul e
Sudeste ficam em 46,5 e 49,6, respectivamente.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Tags: economico, mercado, produção gráfica
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