O 9º Congresso Anual Latino-Americano de Celulose e Papel da RISI, realizado em São Paulo (SP), contou com divulgação de dados relativos às indústrias de embalagens e gráfica. Ambos seguem caminhos opostos. O setor deve crescer até 3,5% ao ano e esta tendência se dá, sobretudo, pelo desempenho da China, cujo mercado cresceu 27%. O mercado asiático está saudável e as exportações devem chegar a dois milhões de toneladas. A boa notícia para o Brasil é que em toda a América Latina os custos de produção para embalagens estão mais baixos se forem comparados com valores da Europa e da própria Ásia.

Outro dado divulgado é que no setor de embalagens para líquidos, os Estados Unidos estão com um mercado sem concorrência. Se o mercado de embalagens vive dias tranquilos, o mesmo não se pode dizer em relação à indústria gráfica no Brasil e no mundo. A tendência para o setor é de queda mesmo tendo investido US$ 1 bilhão na compra de novas máquinas e equipamentos.

A longo prazo a indústria gráfica também não vai crescer. De acordo com o vice-presidente da RISI na área gráfica, John Maine, o setor deve diminuir de tamanho 0,5% ao ano na próxima década. “O consumo de papel jornal, por exemplo, registrou queda de 40 para 30 milhões de toneladas. Pelo mundo, este mercado vive momentos distintos, pelo fato de na América do Norte ter diminuído 3% e na Europa 3,5%. Na América Latina, houve crescimento de 0,7% e na Ásia de 3,9%, porém, este ritmo está diminuindo e começando a se contrair”, detalhou Maine.